Na primeira metade do século XIII, consolidaram-se as fronteiras de Portugal, no processo denominado comumente por Reconquista Cristã. A região de Vila Ruiva foi integrada definitivamente, nesse processo, no Reino de Portugal. Na dependência religiosa do bispado de Évora, à recém-criada paróquia de Vila Ruiva foi-lhe atribuído então por orago Nossa Senhora da Expectação.
Esta devoção expressa a expectativa da Virgem Maria pelo nascimento do seu filho, Jesus Cristo, ou seja, Maria está de Esperanças. A esta devoção também lhe é atribuído o título de Senhora do Ó ou da Encarnação. Qualquer destes títulos ilustram a mesma devoção mariana. Maria é a mãe do Deus que se fez homem, assumindo a carne no seu seio virginal.
Na religiosidade popular, a maior parte das festas ocorre durante o período de Verão, após o término dos trabalhos agrícolas sazonais do estio, e vila Ruiva não foge a esta prática, realizando as Festas de Santa Maria. Celebra a sua padroeira paroquial a 15 de Agosto, solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria ao Céu.
Este é um momento em que os habitantes de Vila Ruiva expressam a continuidade das suas tradições seculares religiosas e lúdicas, através da missa, procissão e variedades, facultando o encontro entre os que residem na freguesia, os seus migrantes e forasteiros.